O ENSAIO NEGRO IBERO-AMERICANO


COORDENADORES: PROF. DR. RODRIGO VASCONCELOS MACHADO/UFPR E PROFA. DRA ANA BEATRIZ RODRIGUES GONÇALVES/UFJF
LOCAL: FACULDADE DE LETRAS UFJF -JUIZ DE FORA- MINAS GERAIS
DE: 25 A 27 DE NOVEMBRO
EMENTA DO EVENTO:
Este evento terá como meta propor a discussão sobre os ensaístas negros e afrodescendentes brasileiros, da África portuguesa, afro-caribenhos e afro-hispânicos para verificar como se configura o estado da arte e elaborar uma pioneira historiografia literária do ensaio negro ibero-americano com os textos selecionados do evento. Segundo Eduardo de Assis Duarte há uma lacuna na historiografia literária afro-brasileira sobre o ensaio, isto é, a sistematização e glosa desse tipo de texto vai trazer uma nova perspectiva para os estudos literários. O resultado de tal trabalho de arqueologia resultará na formação de outra base válida para a literatura negra ibero-americana, isto é, a redescoberta de uma tradição supranacional que sempre existiu, mas que por contingências históricas permaneceu obnubilada e não foi colocada em relação. A reflexão através do ensaio de temas que são da ordem do dia o torna um gênero de um alcance maior devido a sua extensão e a sua difusão, principalmente em periódicos e revistas. Portanto, serão aceitas investigações sobre os seguintes ensaístas: Manuel Zapata Olivella, Frantz Fanon, Lidia Cabrera, Georgina Herrera, Nancy Morejón, Carlos Guillermo Wilson “Cubena”, Sherazada Vicioso, Luis Kandjimbo, Agostinho Neto, Quince Duncan, Adalberto Ortiz, Luz Chiriboga, Nicomedes Santa Cruz, Lucía Charún Illescas, Mónica Carrillo, Pilar Barrios, Cristina Rodríguez Cabral, Adalberto Ortiz, Manoel Querino, Teodoro Sampaio, André Rebouças, Evaristo de Moraes, Guerreiro Ramos, Juliano Moreira, Arlindo Veiga dos Santos, Edison Carneiro, Clóvis Moura, Paulo Colina, Tobias Barreto, Milton Santos, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Helena Theodoro, Jurema Werneck, Neusa Santos Souza, Ana Célia da Silva, Nilma Lino, Conceição Evaristo, Mário Coelho Pinto de Andrade, Ironides Rodrigues, José Correia Leite, Edimilson de Almeida Pereira, Joel Rufino dos Santos,Oswaldo de Camargo, Cuti, entre outros.
RESULTADOS ESPERADOS DO EVENTO: PUBLICAÇÃO DOS TEXTOS APRESENTADOS NO CADERNO DE RESUMOS [VERSÃO DIGITAL COM ISBN E FICHA CATALOGRÁFICA; PUBLICAÇÃO COMPLETA DOS TEXTOS APRESENTADOS NAS ATAS DO EVENTO ENSAIO NEGRO IBERO-AMERICANO [E-BOOK] COM ISBN E FICHA CATALOGRÁFICA E SELEÇÃO DOS MELHORES TEXTOS PARA COMPOREM COMO CAPÍTULOS A HISTORIOGRAFIA DO ENSAIO NEGRO IBERO-AMERICANO
, PUBLICADA EM VERSÃO IMPRESSA COM UM EXEMPLAR POR AUTOR.
APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES: TITULAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA: MESTRADO NA ÁREA DE LETRAS E/OU HUMANAS [CURSANDO]. APRESENTAÇÃO INDIVIDUAL SEM CO-AUTORIA.
TAXA DE INSCRIÇÃO:GRATUITA [TRABALHOS QUE NÃO FOREM APRESENTADOS NÃO SERÃO PUBLICADOS]. OUVINTES: GRATUITO. PRÉ-INSCRIÇÃO [DE 28/08 A 06/11] POR EMAIL POR ORDEM DE INSCRIÇÃO E DE ACORDO COM DISPONIBILIDADE DE LUGARES.
DATA PARA ENVIO DOS RESUMOS: DE 28 DE AGOSTO A 08 DE NOVEMBRO. ENVIO DAS CARTAS DE ACEITE DE 5 A 8 DE NOVEMBRO. APRESENTAÇÃO ORAL DOS TRABALHOS DE 20 MINUTOS;

ENVIO DOS RESUMOS E INSCRIÇÃO DE OUVINTES PARA OS SEGUINTES EMAILS:
rvmachado@yahoo.com e machadeira@gmail.com
PRAZO PARA ENVIO DOS TEXTOS COMPLETOS APRESENTADOS PARA PUBLICAÇÃO NA VERSÃO DIGITAL 20 DE DEZEMBRO;
PRAZO PARA ENVIO DOS TEXTOS SELECIONADOS PARA A VERSÃO IMPRESSA: 15 DE JANEIRO.A VERSÃO IMPRESSA DEPENDERÁ DE VERBA DAS AGÊNCIAS DE FOMENTO: CAPES E CNPQ. AS DESPESAS DE ENVIO PELOS CORREIOS DEVERÃO SER PAGAS PELOS INTERESSADOS.
Normas para os resumos:
• Cada participante só poderá enviar uma proposta de comunicação;
• Todos os autores devem ter conhecimento das normas, do conteúdo do resumo e concordar em ter seu nome inserido;
• Antes que o resumo seja enviado, sugerimos que os autores façam rigorosa revisão gramatical, ortográfica, de digitação, de conteúdo e dados da pesquisa (incluindo título, nomes dos autores e demais dados), pois NÃO será possível corrigir o resumo após seu envio. Os dados serão publicados exatamente como enviados;
• O resumo pode ser escrito em português ou espanhol e deverá conter somente texto;
• Os resumos serão avaliados pela Comissão Científica e poderão ser recusados caso não atendam as exigências da proposta do evento;
• A palavra Resumo em corpo 12, negrito e em maiúsculas, duas linhas abaixo do nome do autor/instituição, seguida de dois pontos. O texto-resumo deverá ser apresentado em itálico, corpo 12, com recuo de dois centímetros de margem direita e esquerda. O resumo deve ter no mínimo 6 linhas e no máximo 12.

Normas para os textos:
TAMANHO DE 13 A 20 PÁGINAS
TIMES NEW ROMAN 9
TÍTULO: NEGRITO, ITÁLICO, SEM CAIXA ALTA E CENTRALIZADO.
AUTOR: ALINHAMENTO À ESQUERDA SEM CAIXA ALTA COM A INSTITUIÇÃO DE ORIGEM. COLOCAR NOTA DE RODAPÉ COM UMA PEQUENA BIBLIOGRAFIA E TITULAÇÃO ACADÊMICA
CORPO DO TEXTO: PARÁGRAFOS 1,25. ESPAÇO SIMPLES.
RECUO À ESQUERDA: 2,5 cm
RECUO À DIREITA: 2,5 cm
NÃO INSERIR NÚMEROS DE PÁGINAS
Subtítulos: sem adentramento, em negrito, só com a primeira letra em maiúscula, numerados em algarismo arábico. A numeração não inclui a introdução, a conclusão e a referência bibliográfica;
Tabelas e ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos etc.) devem vir dentro do padrão geral do texto e no espaço a elas destinados pelo autor. Recomenda-se o uso de imagens em 72 px de resolução. Evitar o uso de imagens em grandes dimensões;
Notas – devem ser evitadas. Quando necessário, devem aparecer ao pé da página, numeradas de acordo com a ordem de aparecimento. Corpo 8.
Ênfase ou destaques no corpo do texto – deve-se usar negrito. Para palavras em língua estrangeira, usar itálico.
Obras [teóricas, literárias, revistas, etc]: em Itálico no corpo do texto. Nas referências bibliográficas em itálico ou negrito.
Citações de até três linhas vêm entre aspas, (sem itálico), seguidas do sobrenome do autor (em maiúsculas), ano de publicação e página(s). Com mais de 3 linhas, vêm com recuo de 4,5 cm na margem esquerda, corpo menor (fonte 8), sem aspas, sem itálico e também seguidas do sobrenome do autor (em maiúsculas), ano de publicação e página(s). As citações em língua estrangeira devem vir em itálico e traduzidas em nota de rodapé.
Anexos devem ser evitados. Caso existam, devem ser colocados antes das referências bibliográficas, precedidos da palavra ANEXO, em maiúsculas e negrito, sem adentramento e sem numeração. Quando constituírem textos já publicados, devem incluir bibliografia completa bem como permissão dos editores para publicação. Recomenda-se que anexos sejam utilizados apenas quando absolutamente necessários.
Referências bibliográficas: devem ser apenas aquelas referentes aos textos citados no trabalho. As palavras REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS devem estar em maiúsculas, negrito, sem adentramento, duas linhas antes da primeira entrada.
Alguns exemplos de citações:
• Citação direta com três linhas ou menos
(…) conforme Octavio Paz (1982, p.37), “As fronteiras entre objeto e sujeito mostram-se particularmente indecisas. A palavra é o próprio homem. Somos feitos de palavras. Elas são nossa única realidade, ou pelo menos, o único testemunho de nossa realidade”.
• Citação indireta
(…) entre as advertências de Haroldo de Campos (1992) não há qualquer reivindicação de possíveis influência ou contágio, ao contrário, foi antes a poesia concreta que assumiu as conseqüência de certas linhas da poética drummoniana.
• Citação de vários autores
Sobre a questão, pode-se recorrer a vários poetas, teóricos e críticos da literatura (POUND, 1977; ELIOT, 1991; VALÉRY, 1991; BORGES, 1998; CAMPOS, 1969).
• Citação de várias obras do mesmo autor
As construções metafóricas da linguagem; as indefinições; a presença da ironia e da sátira, evidenciando um confronto entre o sagrado e o profano; o enfoque das personagens em diálogo dúbio entre seus papéis principais e secundários são todos componentes de um caleidoscópio que põe em destaque o valor estético da obra de Saramago (1980, 1988, 1991, 1992).
• Citação de citação e
• Citação com mais de três linhas
Para servir de fundamento ao que se afirma, veja-se um trecho do capítulo XV da Arte Poética de Freire (1759, p.87 apud TEIXEIRA, 1999, p. 148):
Vê, […] o nosso entendimento que a fantasia aprendera e formara em si muitas imagens de homens; que faz? Ajunta-as e, de tantas imagens particulares que recolhera a apreensiva inferior [fantasia], tira ele e forma uma imagem que antes não havia, concebendo que todo o homem tem potência de rir (…)

Alguns exemplos de Referências Bibliográficas
. Livro
FABRIS, Annateresa. Futurismo: uma poética da modernidade. São Paulo: Perspectiva/ Ed. da Universidade de São Paulo, 1987.
. Capítulo de livro
PALO, Maria José. A crônica da vida: Memorial de Aires, Machado de Assis. In: OLIVEIRA, Maria Rosa Duarte de (Org.). Recortes Machadianos. São Paulo: EDUC/ FAPESP. 2003. p. 257-73.
. Dissertação e tese
MACHADO, Micheliny Verunschk Pinto. Confluências entre João Cabral de Melo Neto e Sophia de Mello Breyner Andresen: poesia das coisas e espaços. 2006. Dissertação de Mestrado – Programa de Estudos Pós-graduados em Literatura e Crítica Literária, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
. Artigo de periódico
GOBBI, M. V. Z. Relações entre ficção e história: uma breve revisão teórica. Itinerários, Araraquara, n. 22, p. 37-57, 2004.
. Artigo de jornal
TEIXEIRA, Ivan. Gramática do louvor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 08 abr. 2000. Jornal de Resenhas, p.4.
. Trabalho publicado em anais
CARVALHAL, Tânia Franco. A intermediação da memória: Otto Maria Carpeaux. In: Anais do II CONGRESSO ABRALIC – Literatura e Memória Cultural. 1990. Belo Horizonte. p. 85- 95.
. Publicação On-line – INTERNET
MARTINHO, Fernando J.B. Depois do modernismo, o quê ? – o caso da poesia portuguesa. Rio de Janeiro: Revista Semear 4. Disponível em: http://www.letras.puc-rio.br. Acesso em 22 jun 2006.

ENTREVISTA INÉDITA COM O SR. OSWALDO DE CAMARGO NO PROGRAMA PERSONA DA UFPR/TV

ENTREVISTA INÉDITA COM O SR. OSWALDO DE CAMARGO NO PROGRAMA PERSONA DA UFPR/TV
A entrevista será exibida nesta sexta, 03/04 (inédito), às 21h, indo ao ar em mais seis ocasiões: sábado, 04/4, às 12h; domingo, 05/04 e segunda, 06/04, às 11h; terça, 07/04, às 23h; e quarta, 08/04, às 7h e às 15h. Só então é que será disponibilizado no youtube (personaufprtv)
https://ufprtv.wordpress.com/category/persona/
Você também pode nos assistir nos canais 15 da NET e 187 da VivoTV.
OPORTUNIDADE ÚNICA!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO DO II SIMPÓSIO DE LITERATURA NEGRA IBERO-AMERICANA

PROGRAMAÇÃO DO II SIMPÓSIO DE LITERATURA
NEGRA IBERO-AMERICANA

Carga Horária total: 38 horas
16/03/2015:
REGISTRO DOS PARTICIPANTES: 8:00/9:00 –SAGUÃO DO TÉRREO DO E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
9:00: Abertura do I Simpósio de Literatura Negra Ibero-americana: Rodrigo Tadeu Gonçalves/ Coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras da UFPR e Rodrigo Vasconcelos Machado/Coordenador do Simpósio
9:15 – HOMENAGEM AO ESCRITOR, POETA E ENSAÍSTA OSWALDO DE CAMARGO:
PALESTRA: “A Palavra Negro como Resistência na Literatura Brasileira”.
Lançamentos: romance Oboé e Solano Trindade- Poeta do Povo- Aproximações, de Oswaldo de Camargo e Atas do I Simpósio de Literatura Negra Ibero-americana, Rodrigo Vasconcelos Machado [org.]. Sessão de autógrafos.

TARDE: ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
15h00min /17h00min – EDIMILSON DE ALMEIDA PEREIRA/UFJF- PALESTRA: CONTRAPONTOS DA LITERATURA NEGRA E/OU AFRO-BRASILEIRA: Notas sobre as relações entre autoria, realidade e criação literária; literatura e direitos humanos.

17/03/2015:
ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
MANHÃ: 8:30/12:30 – MESA REDONDA: HOMENAGEM AO POETA ADÃO VENTURA. COORDENADOR RODRIGO VASCONCELOS MACHADO/UFPR
ANELITO DE OLIVEIRA/UNIMONTES: O DRAMA DA EXPRESSÃO: ESTÉTICA, IDEOLOGIA E NEGRITUDE EM ADÃO VENTURA
ÉDIMO DE ALMEIDA PEREIRA/PUCMINAS- CESJF: A POESIA DE ADÃO VENTURA EM UMA NOVA ORDEM PARA O DISCURSO

LANÇAMENTO DE LIVROS: Metamorfoses do abutre, de Édimo de Almeida Pereira
TARDE: SESSÃO DE COMUNICAÇÕES I -14:00/18:30 -ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR –[Programação detalhada adiante]
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES II -14:00/18:30 sala 1005B -10º ANDAR. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR –[Programação detalhada adiante]
NOITE: 18:30/20:30- CONVERSA COM O POETA ANIZIO VIANA: ESCREVO AO VIVO
-ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
20:30 – 20:45: Apresentação musical: “Segura esse breque!”
WONKA: POESIA NEGRA –SESSÃO DE LEITURA DE POEMAS COM POETAS CONVIDADOS. RUA TRAJANO REIS, SÃO FRANCISCO. A PARTIR DAS 21:00.

18/03/2015

ANFITEATRO 100 – MANHÃ: 8:30/11:00
PALESTRA COM ANELITO DE OLIVEIRA/UNICAMP-UNIMONTES: DE UMA IBEROAFROBARROQUIDADE: REFERÊNCIAS, NARRAÇÕES, POLÍTICAS.
ANFITEATRO 100 -MANHÃ: 11:00/12:00
11:00 – SHOW COM O MÚSICO PARAGUAIO Mario Casartelli- Espetáculo LATIDO AMÉRICA

TARDE: SESSÃO DE COMUNICAÇÕES III -14:00/18:30 ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
–[Programação detalhada adiante]
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES IV -14:00/18:30 sala 1005B -10º ANDAR. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR–[Programação detalhada adiante]

19/03/2015:
8:30/12:30 – ANFITEATRO 100 – PANORAMA ATUAL DA LITERATURA NEGRA BRASILEIRA: MESA REDONDA –COORDENADOR RODRIGO VASCONCELOS MACHADO/UFPR

MARIA NAZARETH SOARES FONSECA/PUCMINAS: OS ANÔNIMOS NO ESPAÇO DA CIDADE: INTER-RELAÇÕES POÉTICAS
EDUARDO DE ASSIS DUARTE/UFMG: O CARRO DO ÊXITO: A AUTOFIÇCÃO AFRO-BRASILEIRA
LICIA SOARES DE SOUZA/UNEB: A EXPRESSÃO INACABADA DA LITERATURA AFROBRASILEIRA

LANÇAMENTO DE LIVROS: Literatura afro-brasileira vol.1: 100 autores do século XVIII ao XXI e literatura afro-brasileira vol. 2: abordagens na sala de aula, de Eduardo Assis Duarte.
14:00/18:30 – ANFITEATRO 100: ABORDAGENS DA LITERATURA NEGRA IBERO-AMERICANA. MESA REDONDA – COORDENADOR: RODRIGO VASCONCELOS MACHADO/UFPR
RODRIGO VASCONCELOS MACHADO/UFPR: SABERES E SABORES NA ENSAÍSTICA DE MANUEL QUERINO
LUIZ HENRIQUE S. DE OLIVEIRA/CEFETMG: PERCURSOS E CONFIGURAÇÕES DO NEGRISMO EM ROMANCES BRASILEIROS DO SÉCULO XX (1928-1984)
CARLINDO FAUSTO ANTONIO (ESCRITOR FAUSTO ANTONIO) /UNILAB: OS RECURSOS CINEMATOGRÁFICOS NO CONTO “QUANDO O MALANDRO VACILA”, DE MÁRCIO BARBOSA
LANÇAMENTO DE LIVROS: Vinte anos de prosa e Vinte anos de poesia, de Fausto Antonio e Negrismo – percursos e configurações em romances brasileiros do século XX (1928-1984), de Luiz Henrique S. de Oliveira.

20/03/2015:
MANHÃ- CONFERÊNCIA COM O ESCRITOR, POETA E ENSAÍSTA CUTI- Local: Anfiteatro100 – 1º andar
8:30/9:45 – Palestra: “Literatura Negro-brasileira: um panorama”
O surgimento da personagem, do autor e do leitor negros trouxe para a Literatura Brasileira, desde a época colonial, questões atinentes à sua própria formação, tais como a incorporação dos elementos culturais de origem africana enquanto temas e formas, traços de uma subjetividade coletiva a partir do sujeito étnico do discurso, mudanças de paradigma crítico-literário, noções classificatórias e conceituação das obras de poesia e ficção. Esses são os elementos da palestra “Literatura Negro-brasileira: um panorama”, a ser proferida pelo professor e escritor Luiz Silva, que assina seus livros com o pseudônimo Cuti. A exposição está baseada em seu livro, publicado no ano de 2010. Por meio de reflexões sobre intertextualidade, “eu” poético, relação história e literatura, metalinguagem, leitor/texto/autor, além da influência das ideologias, a palestra tem como objetivo:1) Organizar conteúdos literários para atender aos pressupostos legais do ensino de Cultura Negra.2) Identificar os traços predominantes do mencionado conteúdo.3) Identificar os principais escritores negros brasileiros.4) Apresentar uma bibliografia básica para uso na atividade docente ou para sua fruição pessoal.
9:45/10:15 – Intervalo – café
10:15/12:30- Conversa com o escritor – Depoimento. Publicando desde 1978, o escritor Cuti, criador – junto com outros autores – do Quilombhoje – Literatura e da série Cadernos Negros (que está em se 37º ano de publicação ininterrupta), por meio de um depoimento dialogado, relembra sua trajetória de militante, a vida literária negra em São Paulo, bem como realiza leitura de contos, esquetes e declamação de seu trabalho poético, e, na sequência, autografa seus livros.

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES
DIA 17 DE MARÇO – TARDE

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES I -14:00/18:30 -ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
1º BLOCO – 14:00- 16:00
A formação identitária através da literatura infantil afro-brasileira – um basta aos estereótipos. Larisssa Degasperi Bonacin/UNIANDRADE
A educação para as relações étnico-raciais e o ensino de literatura no ensino médio: diálogos e silêncios. Maria Aparecida Rita Moreira/SEEDSC
A Obra Branca de B. Lopes. Claudecir de Oliveira Rocha/UFPR
Marcelo Ariel: uma voz poética negra. Diamila Medeiros dos Santos/UFPR

INTERVALO: 15 MINUTOS
2º BLOCO – 16:15 -18:00
O lugar do escravo em “Simeão, o crioulo”, de Joaquim Manuel de Macedo, e em O Til, de José de Alencar. Ana Karla Canarinos/UFPR
Uma análise simbológica e social de José, pobre pai natal de Suleiman Cassamo. Igor Fernando Xanthopulo Carmo/USP
Autobiografía de un esclavo: a picaresca chega a cuba e adquire a cor local. Wagner Monteiro Pereira/UFPR
Fome, ira, amor e paz: o discurso negro em Las estrellas son negras, de Arnoldo Palacios. Bruna Fernandes Cunha/UFPR

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES II -14:00/18:30 sala 1005B -10º ANDAR. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
1º BLOCO – 14:00- 16:00
Analisando a construção da identidade feminina negra no Brasil, através das obras literárias de Maria da Conceição Evaristo de Britto. Elisângela Oliveira Gomes/UFJF
Conceição Evaristo: uma contribuição brasileira no contexto da Afro-América. Rodrigo da Rosa Pereira/FURG
Vozes-mulheres em O negro em versos: possíveis articulações entre o discurso racial e de gênero. Thiago André Lisarte Bezerra /UFPR
A saga da escritora negra brasileira na busca da legitimidade da literatura negada. Sueli de Jesus Monteiro/UEL

INTERVALO: 15 MINUTOS
2º BLOCO – 16:00 -18:00
Poesia como lugar de existência e resistência. Débora Soares de Araújo/UFPR
Baú de pentes, tambores e tridentes: a criação mitopoética de Cidinha da Silva numa perspectiva estética, ética e identitária. Elair de Macedo e Silva Grassani/NEAB-UFPR
A poesia de Nicolás Guillén: peculiaridades e riquezas da transculturação cubana. Kellen Pricila dos Santos Cochinski/UFPR
O corpo e a paisagem na poesia de Mary Grueso. Graziela Braz Camilo/UFPR

DIA 18 DE MARÇO – TARDE
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES III -14:00/18:30 ANFITEATRO 100 – 1º andar. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
1º BLOCO – 14:00- 16:00
Discursos sobre a história e cultura afro no período colonial em A República dos Bugres.
Cleia da Rocha Sumiya/UFPR
Imagens de negros no Brasil oitocentista: revista ilustrada (1876-1898). Benedita de Cássia Lima Sant’Anna/UFPR-PNPD-CAPES
Ritos do Candomblé em Aruanda (1946), de Joaquim Ribeiro. Denise Rocha/UNILAB
“Siempre presentes”: enunciacão e construções identitárias na Antología de mujeres afrocolombianas. Alcione Corrêa Alves/UFPI
INTERVALO: 15 MINUTOS
2º BLOCO – 16:15 -18:30
Tradição e modernidade em Niketche: uma história de poligamia, de Paulina chiziane. Silvana Rodrigues Quintilhano/GP CRELIT-GP EDITEC
Rastros do passado em Niketche: uma história de poligamia. Stefânia Diniz/UFSJ
Entre Yamis e Ponciás. Dejair Dionísio/NEAB-UFES
A escrevivência na literatura feminina da diáspora negra. Mail Marques de Azevedo/UNIANDRADE

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES IV -14:00/18:30 sala 1005B -10º ANDAR. E.D. PEDRO I/Reitoria, Rua General Carneiro, 460, – Centro. Curitiba/PR
1º BLOCO – 14:00- 16:00
Leminski e a diversidade: alguns aspectos de valorização da cultura negra presentes em seus poemas. Adriano da Rosa Smaniotto/UFPR
O negro na poética cancional do samba-enredo de Porto Alegre. Jackson Raymundo/UFGRS:
Nas águas do Prata, reverberam-se as vozes negras. A relevância da obra Buenos Aires Negra para os estudos argentinos. Phelipe de Lima Cerdeira/UFPR
Vicente Ferreira Pastinha e sua maestria poética.
Desirée Francine dos Santos/UFPR

INTERVALO: 15 MINUTOS
2º BLOCO – 15:30 -18:00
Ouvindo e falando sobre mulheres negras – processo de escrita em sete ventos. Débora Almeida/SMERJ
De escravo a rei: a trajetória de Alonso de Illescas no Equador do século XVI. Natã do Espírito Santos/UFPR
Sobre as escrevivências afro-femininas: as marcas da violência na escritura de mulheres negras. Amanda Crispim Ferreira/UEL
Literatura infantil e juvenil afro em sala de aula. Maria Carolina de Godoy/ UEL
Princípios ético-políticos na obra de Carolina Maria de Jesus. Ivana Bocate Frasson/UEL

II SIMPÓSIO DE LITERATURA NEGRA IBERO-AMERICANA

II SIMPÓSIO DE LITERATURA NEGRA
IBERO-AMERICANA

Tudo é considerado impossível, até acontecer.
Nelson Mandela

Coordenador: Prof. Dr. Rodrigo Vasconcelos Machado/UFPR
Este simpósio tem como objetivo aprofundar a discussão da representação do negro na Literatura, isto é, problematizar a questão do “negro escrito”, bem como a sua contribuição para a construção da identidade ibero-americana, isto é, a partir de leituras de obras de escritores negros e de afrodescendentes serão discutidas questões alinhavadas com a ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas, que formam a diversidade cultural latino-americana e, por extensão, a brasileira e a portuguesa. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 16 A 20 DE MARÇO DE 2015 – LOCAL: REITORIA/UFPR -CURITIBA. [OBS. O ENSALAMENTO DEFINITIVO SERÁ DIVULGADO EM MARÇO]

INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA OUVINTES [PRÉ-INSCRIÇÃO: ENVIAR UM EMAIL- até o dia 02 de março PARA rvmachado@yahoo.com] CERTIFICAÇÃO PARA 75% DE PRESENÇA.
CONVIDADOS: CUTI, OSWALDO DE CAMARGO, EDMILSON DE ALMEIDA PEREIRA, ANELITO DE OLIVEIRA, EDUARDO DE ASSIS DUARTE, MARIA NAZARETH SOARES FONSECA, LEDA MARIA MARTINS, HELOISA TOLLER GOMES, LICIA SOARES, ENTRE OUTROS.
INSCRIÇÃO DE COMUNICAÇÕES: ENVIO DE RESUMOS DE 12 JANEIRO ATÉ DIA O 23 DE FEVEREIRO DE 2015. ENVIO DOS ACEITES ATÉ 28 DE FEVEREIRO. TAXA DE INSCRIÇÃO 50,0 REAIS APÓS CONFIRMAÇÃO.

NORMAS PARA OS RESUMOS:
O resumo deverá ser digitado no programa Microsoft WORD 2007 ou inferior, para Windows, utilizando formato A4, margens superior e esquerda de 3 cm, inferior e direita de 2 cm, fonte Times New Roman tamanho 11, com espaçamento simples entre linhas e alinhamento justificado, contendo entre 150 e 500 palavras.
O título do trabalho deverá ser escrito em letras maiúsculas em negrito e centralizado. Na linha seguinte, inserir o(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es).
Deixar uma linha em branco e iniciar a digitação do resumo, em parágrafo único, tabelas, gráficos ou destaques de qualquer natureza. O texto deverá conter implicitamente introdução, objetivos, metodologia, resultados e conclusões. Adicionar três palavras-chave que devem ser escritas na linha seguinte ao texto, separadas entre si por vírgula e finalizadas por ponto.
O resumo pode ser escrito em português ou espanhol.
Antes que o resumo seja enviado, sugerimos que os autores façam rigorosa revisão gramatical, ortográfica, de digitação, de conteúdo e dados da pesquisa (incluindo título, nomes dos autores e demais dados), pois NÃO será possível corrigir o resumo após seu envio. Os dados serão publicados exatamente como enviados.

ENCERRADO O ENVIO DOS TEXTOS APRESENTADOS NO I SIMPÓSIO DIA 15 DE DEZEMBRO

Encerrado o envio dos textos para publicação apresentados no I simpósio de Literatura Negra Ibero-americana.

Os textos enviados serão submetidos ao comitê científico para apreciação e depois enviados para a Imprensa Universitária da UFPR para posterior publicação. Cada autor terá direito a 1 exemplar e será notificado por email para retirá-lo no Programa de Pós-graduação em Letras da UFPR.

‘Literatura associada ao adjetivo negro incomoda’

‘Literatura associada ao adjetivo negro incomoda’, diz editor de coletivo
Para Guellwaar, literatura brasileira precisa explicar porque é tão branca.
Escritores e pesquisadores de coletivo baiano defendem a literatura negra.
Danutta Rodrigues
Do G1 BA
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Existe literatura negra ou apenas uma literatura universal? A partir dessa provocação que quatro escritores e uma pesquisadora do coletivo literário baiano “Ogum’s Toques” afirmaram, em conversa com o G1, que o negro como adjetivo de literatura não pode ser interpretado como restrição e é a literatura brasileira que precisa explicar porque é tão branca. “O negro na literatura brasileira transforma o sentido e a produção do sentido do fazer literário. Mais do que querer impor domínios e fronteiras, ele está provocando uma enunciação de uma série de sujeitos e escritores que sempre estiveram aí, mas não alcançaram esse lugar de enunciação”, defende Ari Sacramento, escritor e professor do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
(O G1 publica entre até domingo (23) matérias com temas relacionados ao mês da Consciência Negra)

Para Guellwaar Adún, compositor, educador, escritor e editor do coletivo “Ogum´s Toques”, todas as vezes que o adjetivo negro é associado a alguma coisa positiva, isso incomoda a sociedade brasileira. “Cabe sempre associar o negro a algo ruim. Se você fala em vala negra, em câmbio negro, mercado negro, lista negra, quando o adjetivo está associado a algo ruim isso não incomoda a sociedade brasileira. Mas quando você associa à grande arte, que é a literatura e você associa isso ao adjetivo negro, me parece que cria alguns frissons porque o que foi afirmado historicamente é que esse sujeito não pensava, não é um sujeito de conhecimento e aí ele está dizendo que faz literatura?”, reflete Adún. (No vídeo acima, escritores e pesquisadora declamam poemas de autores negros)
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Não só o lugar de fala, mas acima de tudo o da representação e identificação. É assim que a pesquisadora Cristian Sales compreende o significado da literatura negra. Além de promover o discurso e defender o discurso, a literatura negra humaniza o personagem negro, a personagem negra.
“Ela milita num campo de construir uma tessitura literária que está interessada em visibilizar a voz do escritor negro, dar corpo a esse corpus novo literário, narrativo, poético, que vai inserir a mulher negra e o homem negro em outras histórias, não a história do malandro, não a história da prostituta, não tem nada disso, está para além disso. A gente quer a visibilidade, mas uma visibilidade que nos humanize, e eu acho que isso pode definir a literatura negra”, afirma. “É importante destacar no nosso discurso que estamos falando de negros e negras, não de afrodescendentes”, alerta Cristian Sales.
Mel Adún e Henrique Freitas, escritores do coletivo Ogum´s Toques (Foto: Danutta Rodrigues/G1)
Mel Adún e Henrique Freitas, escritores do coletivo
Ogum´s Toques (Foto: Danutta Rodrigues/G1)
A jornalista e escritora Mel Adún reforça o discurso de Cristian Sales e defende que a literatura negra conta o outro lado da história, e não apenas uma história única e estereotipada.
“Claro que vai ter malandro, mas não tem só essa face, tem outras faces e tem esse caminho mesmo de como se chegou até ali. O que a gente vê na história da literatura brasileira são personagens negros e negras sem sobrenome, sem família, com funções de uso mesmo é serviçal em todos os sentidos”, revela. “Não é que ela não vá abordar esses personagens, mas até esses personagens, quando eles são abordados, eles são tomados dentro da sua integralidade, de como eles chegaram naquele lugar”, complementa Guellwaar Adún.
Feira de Frankfurt
Em 2013, o Brasil foi homenageado na Feira de Frankfurt, na Alemanha. Na ocasião, o país foi considerado como racista por ter apenas um negro na lista de 70 autores selecionados para participar do evento. “Eu pergunto o que significa essa literatura universal? E eu tenho a curiosidade de saber que conhecimento essas pessoas que defendem isso têm sobre as literaturas africanas ou a literatura negra ou sobre autores negros. E aí a gente descobre que esse universal ele diz respeito a um universal extremamente particular. A Feira de Frankfurt, o ano passado, demonstra o quão particular é esse universo”, comenta o professor do Instituto de Letras da UFBA e escritor Henrique Freitas.
Para ele, no momento em que a seleção feita no Brasil levou essa representação da literatura nacional, é perceptível e emblemática a forma como é pensada a diversidade na literatura brasileira. “Temos escritores traduzidos para o alemão, com coletâneas que temos sucesso na Alemanha. Nem essa justificativa de que não tínhamos autores negros traduzidos para o alemão ela não é mais válida”, afirma. Henrique Freitas ainda diz que discutir literatura negra não é discutir inclusão. “A gente precisa entender que a literatura negra ela traz contribuições decisivas para que a gente constitua, efetivamente, essa literatura brasileira em dever. Enquanto essa literatura negra e a produção literária indígena, em sua amplitude, não for contemplada nesse corpo que a gente chama de literatura brasileira, nós não teremos uma literatura brasileira”, defende.
Ari Sacramento diz que literatura canônica provoca silenciamento da literatura negra (Foto: Danutta Rodrigues/G1)
Ari Sacramento diz que literatura canônica provoca
silenciamento da literatura negra
(Foto: Danutta Rodrigues/G1)
Ari Sacramento ainda complementa e diz que quando afirmam que só existe ‘A Literatura’, o que existe na verdade é uma denúncia.
“Denúncia de silenciamento, mas também há uma enunciação de outras demandas que estão sendo expressas. Então não é um lugar de ressentimento, não é um lugar de ‘apequenamento’ do sujeito, é na verdade reclamar esse lugar e denunciar algumas formas de silenciamento da literatura, que a literatura canônica provoca”, conclui.

Ogum´s Toques
“Autores negros existem, sempre existiram e continuarão a existir”. Esse trecho escrito pela jornalista e autora Mel Adún está inserido na orelha da coletânea poética Ogum´s Toques Negros, que reúne textos literários dos escritores negros AlexRatts, Alex Simões, Ari Sacramento, Claudia Santos, Daniela Luciana Silva, Dú Oliveira, Éle Semog, Elizandra Souza, Gabriela Ramos, Guellwaar Adún, Henrique Freitas, José Carlos Limeira, Júlia Couto, Lia Vieira, Lívia Natália, Mel Adún, Miriam Alves, Say Adinkra e Silvio Roberto. Outros tantos autores compõem o corpus da literatura negra como Lima Barreto, Conceição Evaristo, Machado de Assis, Maria Firmina dos Reis, Oswaldo de Camargo, Luiz da Gama, Paulo Lins, Cristiane Sobral, Lande Onawale, Nelson Maka, Rita Santana, Tom Correia, Carolina de Jesus, Antônio Diniz da Cruz e Silva, entre tantos outros.
Guellwaar Adún e Cristian Sales em conversa com o G1 (Foto: Danutta Rodrigues/G1)
Guellwaar Adún e Cristian Sales em conversa com
o G1 (Foto: Danutta Rodrigues/G1)
O coletivo literário baiano, além de destinar espaço às discussões a respeito da literatura negra nas redes sociais, também dá visibilidade às produções literárias dos escritores negros. Atualmente o grupo faz uma campanha internacional de crowdfunding para publicar dez livros e consolidar a editora Ogum’s Toques.
Em dezembro, o coletivo irá promover, de 15 a 20, a segunda Primavera Literária, em Salvador, que vai contemplar dois eventos integrados: o seminário ligado à Universidade Federal da Bahia (UFBA) chamado Áfricas e Negritudes, em que intelectuais que pensam a literatura negra no Brasil e fora do Brasil; e a segunda semana literária da Ogum´s Toques.

FESTA HAITIANA DIA 22 DE NOVEMBRO!!!!!!

No próximo sábado (22), os imigrantes haitianos farão uma festa para divulgar a cultura haitiana a partir das 16 h, na Praça de Bolso do Ciclista, na Rua São Francisco. A programação conta com exposição de fotos do Haiti e um debate com a presença da presidente da Associação dos Haitianos em Curitiba, Laurette Bernadin. Às 19 horas, haverá apresentação da banda de haitianos Recif, que toca ritmos típicos do país caribenho. Os organizadores também venderão a sopa joumou, característica da cozinha haitiana.